Tenho uma enorme necessidade de descobrir, de experimentar, de mudar. Mas não sei como fazê-lo. Aos poucos e poucos vou renovando tudo o que tenho ao meu alcance, tentanto no entanto deixar um pouco do meu antigo ser e das memórias que me preenchem desde criança. As coisas mais importantes, essas mantenho-as sempre comigo, mais que não seja dentro do coração. Tudo o que me faça lembrar tempos menos bons e tristezas, vai tudo embora. Estou a começar uma nova fase, a começar a assentar o meu ser.

3 comentários:

  1. Também precisava de assentar um bom bocado.

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  2. Corpo presente


    Tudo o que tenho são lembranças
    Soldadas às grades do passado
    Preso, encarcerado, dilacerando as memórias
    De uma alma suja e cega, vivendo de instantes reflexos
    Desconexos talvez;
    Traições, paixões, desilusões.
    Ao sol desejo uma bela chuva, para mim, a noite turva
    Como as lembranças mais recentes...
    Deixe-me aqui na minha vida monocromática!
    Estática, prática, tática, tácita, esporádica
    Como a rotina afiada em paralelepípedos tortos
    Ah... Se por aqui houvesse portos, de que se valeriam os copos?
    E os corpos? Suariam com medo da cidade
    Renegariam sua liberdade, sorririam sem a mínima vivacidade,
    E se trancariam nesse passado, inglório, ilusório, simplório e caótico.

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